De acordo com o professor Gilberto Teixeira (FEA-USP) existem oito competência básicas para o profissional da educação que pretende trabalhar com adultos, dentre elas destacamos: a capacidade de colocar-se no lugar do aluno; exercer o espírito crítico e selecionar os métodos e técnicas mais eficazes em cada situação específica; aprender a comunicar-se e a transmitir conhecimentos ao público adulto.
Jossivaldo Araújo de Morais
Acredita-se que quando o
assunto é Educação, ainda que por pouco tempo, faz-se referência às primeiras
experiências que se tem quando ainda criança. Julga-se, num primeiro momento,
que a prática educativa na universidade é algo totalmente diferente do que se experimenta
na escola, seja no ensino fundamental ou no ensino médio. A verdade é que de
fato o ensino universitário é distinto do ensino básico. Mas o que em geral se fantasia
é quanto aos métodos de ensino e avaliação: a esperança de livrar-se das aulas
expositivas, dos trabalhos escritos ou apresentados – os famosos seminários – e
das temidas avaliações de desempenho aos finais de bimestre/semestre. Os
professores quando adentram o espaço de ensino universitário também alimentam a
esperança de que a prática diária da relação ensino-aprendizagem será pouco ou
muito diferente da experimentada na escola como alunos e professores.
Paulo Freire citado por
Pagotti e Pagotti (2004, p.3) nos alerta:
Fonte: Ivanilson.com |
eu não
posso satisfazer a expectativa do educando se não satisfizer a minha
expectativa de professor, de educador. A expectativa do educando seria, por
exemplo, a de aprender, que corresponde a minha de ensinar... eu não posso ser
bom professor senão me envolvo com o aprendizado do aluno, eu não posso
ajudá-lo a aprender... Do outro lado da expectativa aparece a responsabilidade.
Quando penso na expectativa de ensinar corretamente, de ensinar bem, eu assumo
a responsabilidade de fazer isso. A responsabilidade docente está no sentido de
tornar efetiva a expectativa docente, a responsabilidade discente está em
tornar efetiva a expectativa discente... se ele não aprender tem alguma coisa
errada, que pode estar nele, no processo de aprender e no processo de ensinar
do educador.
Na visão de Adriola, Lima Nunes e Magalhães e
Silva (s/d) a universidade pouco ou nada mudou desde a sua concepção ainda na
Idade Média, o que tem mudado é o cenário de atuação dessa instituição milenar,
e, para tanto, é necessário que haja uma reestruturação da própria universidade
e das técnicas utilizadas pelo corpo docente. Nas palavras dos autores:
Era uma vez uma
universidade com salas de aula, biblioteca, professores de livro na mão, alunos
anotando, o conhecimento estava ali, em transmissão. Na atualidade, o
conhecimento está em todo lugar. A universidade é apenas mais um canal. (...) A
universidade pode ser considerada uma instituição histórica, pois desde que foi
pensada, projetada e instituída, retrata os anseios e as necessidades de uma
sociedade dentro de um contexto. As propostas teóricas, os interesses que
moveram determinadas pessoas e a luta pela criação desse tipo de instituição,
os fins e objetivos que tinham em mira, os impactos provocados, o papel que
desempenhou desde a sua criação, os padrões e os valores cultuados, os
conjuntos das relações tecidas, são elementos que devem ser observados para
compreender a relevância da universidade na sociedade em que está inserida.
(p.2)
Fonte: Educomunicacao.wordpress.com |
O ensino superior exige de seus docentes mais dedicação ao ensino, pois nos últimos tempos tem-se dedicado muito mais atenção à pesquisa do que à prática de ensino. O resultado é que temos pesquisadores demais e professores de menos. E dedicar-se ao ensino-aprendizagem em nível universitário requer esforço, dedicação, criatividade, empenho e muito bom humor. De acordo com o professor Gilberto Teixeira (FEA-USP) existem oito competência básicas para o profissional da educação que pretende trabalhar com adultos, dentre elas destacamos: a capacidade de colocar-se no lugar do aluno; exercer o espírito crítico e selecionar os métodos e técnicas mais eficazes em cada situação específica; aprender a comunicar-se e a transmitir conhecimentos ao público adulto. Em meio a essas necessidades ainda se tem de conviver com os desafios das novas tecnologias frente à educação e perceber que não são os professores os que devem se conformar a essas novidades tecnológicas, mas elas que devem adequar-se às práticas e métodos de ensino dos profissionais da educação (MORAN, s/d.).
REFERÊNCIAS
MORAN,
José Manuel. Ensino e aprendizagem
inovadores com tecnologia. s/d. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov.htm>
Acesso em 01 mai 2012.
TEIXEIRA,
Gilberto. As 8 práticas fundamentais do
professor de adultos. s/d. Disponível em:
Acesso em 01 mai 2012.
ADRIOLA,
W. B; LIMA NUNES, M. de L. R.; MAGALHÃES E SILVA, R.S.R. Caminhos e descaminhos da universidade brasileira: em busca de um
estudo avaliativo. s/d. Disponível em: < www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/.../GT6.PDF>
Acesso em 01 maio 2012.
PAGOTTI, Antonio Wilson; PAGOTTI,
Sueli A. de G. Avaliação: o que o aluno espera do professor? Inter-ação: Rev.Fac.Educ. UFG, 29,
jan/jun 2004. Disponível em: < http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/download/1332/1368>
Acesso em 01 mai 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, deixem aqui seu COMENTÁRIO, ele é importante para que melhoremos nosso blog. Obrigado.