18 de novembro de 2011

O Desafio da Educação Para a Cidadania Plena


Necessitamos sair de uma educação de instrução para uma educação crítico-reflexiva




Data: 18/11/2011 ás 16:02:14          Link: 
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     Vivemos na era da informação e do desenvolvimento biotecnológico, pois nunca se viu entre todas as épocas da história humana tantas informações disponíveis num espaço de tempo tão curto, em lugares os mais diversos possíveis e com tanta facilidade. Porém, diante de todo esse turbilhão de informações e signos, devemos refletir sobre que tipo de dados, notícias, informações está chegando a nós e com que finalidade.

     O ser humano, como o único ser dotado de linguagem, é abertura permanente aos dados da realidade (da natureza) e do mundo humano que se convertem a todo o momento (em contato com o mundo humano) em linguagem. A questão que se coloca diante disso é: somos realmente capazes de controlar o recebimento e utilizarmos corretamente todas essas informações?


     Partindo da ideia de que controlamos as informações que nos chegam frequentemente e as utilizamos conforme queremos, podemos, então, na função de educadores nos utilizarmos desse valioso artifício na contribuição para uma educação mais consciente dos jovens de nosso país. Não somente mostrar a eles que conseguimos enxergar além da aparência, mas levá-los a ver além do que aparentemente se mostra.

  Contribuir conjuntamente para o desenvolvimento de estudantes mais conscientes e participativos e, consequentemente, cidadãos ativos e cientes de seu papel na sua comunidade, sua cidade, seu estado, seu país. Cidadãos que possam ver por trás das aparências, que saibam ler as entrelinhas (o não dito ou não escrito). Pessoas que não somente “criticam” (“falam mal”) e apontam o erro, mas que também estarão dispostas a reconstruir, superando o que antes estava errado e colocando no lugar algo remodelado, corrigido e aperfeiçoado.

    Por isso ler e dominar diferentes linguagens é muito mais que entender de várias artes, técnicas ou línguas, mas, também unir os diferentes, ver o encoberto, despertar o adormecido, fazer atuar o tímido, trazer à tona o talento suprimido. Fazer com que os alunos desejem ver, ler, ouvir, compreender e apontar soluções não somente porque isso vai lhes garantir alguma “nota”, mas, sobretudo, porque reconhecem a importância e a necessidade de se inteirarem dos acontecimentos à sua volta, por saberem que amanhã, muito mais que ontem o conhecimento e o domínio de técnicas serão (e já são) a chave para um futuro feliz e promissor.

    Não um “conhecimento decorado” e repetido sem entendimento e reflexão, mas um conhecimento ouvido, lido, analisado, compreendido e, somente depois, levado adiante de modo consciente, responsável e livre.

   E é exatamente numa atitude livre, consciente, responsável e refletida que repousa o verdadeiro conceito de cidadania. O verdadeiro cidadão sabe olhar, ler, analisar, compreender, refletir e criticar uma ação, um texto, uma situação de modo consciente (sabendo o que está fazendo e o motivo de estar fazendo), livre (sem ser obrigado por nada e por ninguém) e responsável. Esse é o aluno que queremos que saia das escolas e seja exemplo de cidadania (como eleitor, pai-mãe de família, trabalhador, consumidor) na dura luta diária pela vida, pelo reconhecimento, pelo sucesso, pela felicidade e por justiça sócio-política.



* Bacharel em Filosofia (ITEP-CEARÁ), Licenciado em Filosofia (UECE – CEARÁ), Especialista em Docência do Ensino Superior (ITOP – TOCANTINS), professor efetivo da rede pública do Estado do Tocantins.



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Fonte: Surgiu.com
Disponível em: http://surgiu.com.br/noticia/21468/o-desafio-da-educacao-para-a-cidadania-plena.html


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